Na edição de ontem do jornal "A Cidade", que circula nas cidades de Lins, Guaiçara, Avanhandava, Promissão e Sabino, foi publicado um artigo de autoria de meu amigo e colega Rodrigo Cruz Wanderley, sobre a não realização do Carnapraia.
Publico abaixo a íntegra do artigo.
11/02/2012
SABINO - Prefeito Gilmar vai gastar 41 mil reais com carnaval na praça da matriz |
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Cadê o CarnaPraia?
O Reinado de Momo em Sabino acontecerá na Praça da Igreja Matriz de São Sebastião. A medida desagradou aqueles que aguardavam o retorno do carnaval para seu local de origem, à praia de Sabino, a qual construída especialmente para receber tal evento.
A expectativa do retorno do carnaval para a praia cresceu ainda mais, depois que a Festa de Peão de Sabino acabou sendo realizada naquele local.
Segundo informações, a principio o Carnaval 2012 de Sabino custará aos cobres públicos a importância de R$ 41.000,00 (quarenta e um mil reais), destinados exclusivamente para a contratação de duas empresas: Cleber Moreno Som – ME (R$ 6.000,00 – seis mil reais) e João Edson Alonso Soares – ME (R$ 35.000,00 – trinta e cinco mil reais).
O carnaval na praia ou CarnaPraia ficou conhecido nacionalmente, atraia turista, foliões e aquecia a economia da cidade. Já nos dias que antecediam o carnaval em Sabino a cidade se transformava e recebia milhares de pessoas que lotavam as ruas e estabelecimentos comerciais. Os foliões se acomodavam nos ranchos e até mesmo casas eram alugadas especialmente para o carnaval.
Infelizmente ao invés de tentar resgatar essa tradição e quem sabe, movimentar a economia da cidade, o Prefeito decidiu realizar o carnaval na praça. Já pensou o que aconteceria, se o carnaval do Rio não acontecesse no Sambódromo, mais sim defronte a Igreja da Candelária?
O blogueiro comenta agora o artigo:
Primeiramente eu gostaria de esclarecer que farei este comentário quase a contra gosto, pois já disse aqui várias vezes que a atual administração deveria ter o saudável hábito democrático de responder às críticas públicas que lhe são feitas.
Vamos lá.
Eu também tenho minhas críticas em relação aos eventos (que a prefeitura chama de culturais) organizados pela administração municipal.
Entretanto, não é porque critico a administração municipal, quando minha consciência diz que devo fazê-lo, que deixarei de defender essa mesma administração quando eu julgar que foi cometida alguma injustiça de informação contra ela.
A estrutura da praia não foi construída exclusivamente para o CarnaPraia. Muito pelo contrário.
A ideia de se construir instalações adequadas para bem receber os banhistas, os turistas e para a produção de eventos artísticos, culturais, esportivos e de lazer, remonta a época da construção da barragem de Promissão e ao fato do alagamento do córrego Esgotão (hoje rio Esgotão).
O prefeito Álvaro Zani, teve a vontade política e a oportunidade de implementar o projeto da praia, e com a inauguração de sua estrutura, enxergou no CarnaPraia como sendo o evento adequado para projetar Sabino no cenário turístico estadual.
E acertou.
Durante anos, o CarnaPraia atraiu milhares de pessoas para Sabino durante o reinado de momo e proporcionou, além de muita alegria na cidade, dividendos sociais e econômicos.
Em 2007, Sabino sofreu as duras consequências da poluição do rio Tietê, na grande São Paulo, que proporciona condições para a reprodução de algas nesta época do ano, e por causa delas, um grande mau cheiro na cidade, principalmente para quem está próximo ao rio.
O CarnaPraia daquele ano foi um prejuízo total, pois os turistas fugiram do mau cheiro e de Sabino.
Conversei no final do ano com o prefeito Gilmar e ele me explicou que os gastos para a organização do CarnaPraia equivalem a tudo que seria investido durante um ano para realizações de eventos no calçadão.
Resumindo: com o dinheiro para se fazer um CarnaPraia se faz eventos o ano todo para a população sabinense. Mas, não se tem a garantia que não haverá cheiro na praia e por sua vez, se haverá público no CarnaPraia.
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| Último CarnaPraia: 2007 |
Desta forma, mesmo sendo eu um crítico da administração Gilmar, nas áreas que tem como objetivo atender os jovens, sou obrigado a concordar que ele tem razão em não promover um CarnaPraia, nos moldes do que era feito há alguns anos.
Sou colega do Rodrigo, autor do artigo do "A Cidade", sou colunista, com muito orgulho, desse jornal, mas não poderia me omitir e deixar de prestar informações importantes para que se entenda a atitude do prefeito Gilmar em relação ao CarnaPraia.
