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domingo, 4 de setembro de 2011

Coluna do Ruyzinho de 03 de setembro 2011 - jornal "A CIDADE"

Segue a minha coluna de ontem, que você pode ler na reprodução do jornal ou o texto escrito abaixo dela.

Clique na imagem para ampliá-la.

Setembro é o mês da Bíblia.

A Bíblia é o livro mais vendido no mundo,  mais de 2,5 bilhões de exemplares. Bem a frente do segundo colocado, O Livro Vermelho de Mao Tse-Tung, que tem mais de 900 milhões de exemplares vendidos.

A Bíblia é um livro que foi escrito por diversos autores diferentes, em diferentes épocas – entre 1445 a.C. e 90 d.C. – em diferentes lugares e em diferentes línguas.

Juntando essas características num livro que trata da existência de Deus, da criação do Universo e da criação do homem, é quase certo que teremos diversas interpretações diferentes de seus textos, e muitas vezes conflitantes.

Os escravocratas basearam-se no texto bíblico que conta sobre Noé ter condenado seu filho e seus descendentes à escravidão para justificar religiosamente a escravidão, desprezando a parte da Bíblia que lembra que todos somos filhos de Deus, e desta forma, que somos todos iguais.

A pior interpretação que pode ser feita de um texto bíblico é justamente a literal. Interpretar ao pé da letra um texto de mais de 2000 anos pode facilmente levar o leitor ao erro de entender qual a real mensagem do autor.

Várias vezes já ouvi jovens elogiarem determinado evento, ou até pessoa, com a expressão “irado”: “O show estava irado”, ou, “meu tio estava irado hoje”.
Daqui a 2000 anos, quando um intérprete qualquer tiver acesso a uma frase como essa, poderá interpretar que o jovem que expressou as frases acima tinha um tio cheio de raiva, ou, que freqüentou um show em que tenha se manifestado algum tipo de ódio.

Na verdade, “irado”, para os jovens, quer dizer “muito bom”, “divertido”, “sensacional”, “fantástico”.

Ouço muitos usarem a Bíblia para condenarem os homossexuais, como se estes fossem o grande mal da humanidade.

Não existe uma parte sequer da Bíblia que condene ou reprima os homossexuais. O que existe são trechos interpretados literalmente para defender uma idéia preconceituosa de que os homossexuais são pecadores, sem se analisar a tradução e o contexto histórico da época em que foram escritos.

A Bíblia é usada tanto pelos cristãos, como pelos judeus e islâmicos.

Nem todos a usam inteiramente, mas a usam.

Durante muito tempo a Bíblia foi um livro em que poucos tiveram acesso.

A igreja católica dizia que seus fiéis não tinham a capacidade necessária para entender o livro sagrado devido à sua complexidade. Assim, a Bíblia seria lida e explicada aos católicos apenas pelos padres.
Várias pessoas interpretam a Bíblia seguindo o que lhes é dito por seu líder religioso, aceitando essa versão como a correta.

Muitos acreditam, inclusive, que seu líder religioso, padre, pastor, rabino, ancião, etc, possui inspiração divina para explicarem a Bíblia.

Realmente existem trechos na Bíblia que poderão ser muito complexos e difíceis de serem interpretados se ficarmos nos preocupando em querer entender a parte fantástica do texto.

Eu mesmo não acredito e nem me preocupo em saber se é verdade ou não que Moisés abriu o mar Vermelho, que Jesus andou sobre o mar, que transformou a água em vinho, ou que alimentou milhares de pessoas com apenas 2 peixes e  5 pães.

Sou cristão e obedeço a Bíblia em sua mensagem principal, que é o amor ao próximo. Vejo a Bíblia como um livro que me ajuda a ter fé, esperança e amor.

Para mim, bastariam na Bíblia os “dez mandamentos”.

Nem isso.

Bastaria esse mandamento: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo”.

Se apenas esse ensinamento fosse seguido pela humanidade, o mundo seria bem melhor do que é.

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