Quem fala a verdade proclama a justiça

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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Curtinhas da Nossa História

Escrevi estas curtinhas para não perdermos nossa memória.


Manivela

Você manivelava e pedia auxílio à telefonista, Dona Amélia


Até 1977 os telefones de Sabino eram a manivela. Não havia disco ou teclado. Eram poucas pessoas que o possuíam  Lembro-me que o número de telefone da farmácia era 1.









Multidão

Até o final dos anos 80, o dia de maior movimento em nossa cidade era a sexta-feira "santa". Toda a população da zona rural, que era grande, vinha à cidade para participar da procissão. No cinema, cine Santo Antônio ( até os anos 70) era exibido  "A Paixão de Cristo" - filme mudo - e a fila para compra de ingresso dobrava o quarteirão.


Mazzaropi

Mazzaropi
Por falar em cinema, os dias em que ele lotava eram quando se exibiam filmes do Mazzaropi, Tarzan e Drácula.


Rádio Sabino

"Ao som deste prefixo vai ao ar o serviço de auto-falante do cine Santo Antonio. Senhora e senhores ouvintes, boa noite!".
Era assim que as 19h, todos os dias a senhora Preta Banhara iniciava a programação do serviço de auto-falante que supria a ausência de rádio ou jornal em nosso município. Anunciantes de Sabino e de Lins  pagavam pelas propagandas que garantia a programação, dentre eles as Casas Pernambucanas.



Gramado

Um dos campeonatos de futebol de salão mais animados que já ocorreu em Sabino aconteceu em um gramado, exatamente onde hoje se localiza a praça Alfredo Guerrero, rodoviária. Não existia quadra na cidade e a competição foi feita na grama mesmo.

Futebol e Amendoim

Quando foi construída a quadra municipal, atrás da casa da agricultura, todos os meses de janeiro e de julho, ocasião das férias escolares, tínhamos campeonatos de futebol de salão. Isso ocorreu até o ano de 1988 quando foi inaugurado o Ginásio de Esportes. 
Para a quadra municipal ia a população inteira, que lotava suas arquibancadas e saboreava o amendoim do "seu" Fanico que se sentava  bem próximo ao portão.





Festa do Quentão

As melhores festas do quentão ocorriam nesta quadra, onde era armada uma grande barraca de bambu e lonas emprestadas dos sitiantes que a usavam para cobrir o café no terreirão. Não faltavam quadrilhas.




Escolas Rivais

Tínhamos na cidade duas escolas: o Grupo Escolar, onde é hoje a EMEI, e o Ginásio, onde hoje funciona a Escola Estadual. 
Estas escolas mantinham uma rivalidade entre suas fanfarras que se exibiam em todos os desfiles de sete de setembro, onde todos os alunos eram obrigados a desfilarem.
Havia também rivalidade no futebol e em gincanas.
Em 1976 as duas escolas foram unidas e nasceu a Escola Estadual de Primeiro e Segundo Grau "Prof. João Cândido Fernandes Filho".



Asfalto

Até 1977 a cidade só tinha 300 m de ruas asfaltadas. O asfalto da estrada Lins-Sabino só foi inaugurado em 1980. E as primeiras vicinais a serem asfaltadas, 1986,  em nosso município foram as estradas do Baguaçu e da Água Sumida...



Eu era ninguém

O curioso sobre os asfaltos das vicinais, é que eles só aconteceram por solicitação ao governo estadual de dois oposicionistas ao prefeito da época. O então jovem vereador Gilmar Siviero, e este blogueiro, que não tinha mandato nenhum, e tinha 21 anos. Nessa época, éramos oposição ao prefeito, mas pertencíamos ao partido do governador do estado, Franco Montoro.




MOJOSA

Nos anos 70 existia uma agremiação formada pelos jovens da cidade. Eles promoviam bailes e brincadeiras dançantes no antigo salão paroquial, atual rodoviária. Também era comum produzirem peças de teatro. Até participei de uma delas, quando precisaram de uma criança para determinado papel.
O nome da agremiação era Movimento Jovem de Sabino e o Gilmar foi seu primeiro presidente.



Hotel

O hotel era o principal "point" da cidade. Estava sempre lotado. Lá os sabinenses se reuniam para tomar cerveja e fazer uma roda de violão que varava a madrugada. O dono do hotel era o João Goulart.



Enterro do Padre

Quando faleceu o padre Silvestre Longo, 1981 ou 1982, vieram padres de toda a região. A igreja parecia o Vaticano. Na hora do enterro todos estes padres acompanharam o caixão até o cemitério, a pé.
Anos depois estudando na FAL, era da minha classe um destes padres que estiveram no enterro. Seu nome  era Eraldo. Comentei com ele sobre o episódio e disse que achei muito bonita a atitude deles de irem a pé até o cemitério em homenagem ao Padre Silvestre.


- "Não foi nada disso, Ruy. Como a cidade era muito pequena pensamos que o cemitério fosse a poucas quadra da igreja. Se soubéssemos que era tão longe teríamos ido de carro."

Esqueci de dizer que nessa época a estrada do cemitério não era asfaltada e se fosse tempo de chuva tinha muito barro, e sem chuva muita poeira.


Um comentário:

  1. Ué, o comentarista da rede Sabino News aqui, tentou comentar e não conseguiu. Tentou não ficar chateado, e de fato não ficou. Respirou um pouco, e pensou, deve ser coisa da internet... dos servidores de dados do site... e outra saida para essa indisponibilidade para um comentarista jovem demais como eu.
    Iria dizer que bom ver a MOJOSA ai, os acontecimentos, isso sim que é legal. Tem bastante fotos destes tempos da Mojosa.
    O Ruy, ve com o Gilmar, ele deve ter aluma.
    Pede para alguém ir ao tumulo do Padre Silvestre e ver a data que ele morreu, pois acho que foi em 1983, não sei não.
    Eu lembro que a pedido do Padre Silvestre, eu tinha feito um desenho em Birigui, do salão de festas paroquial, que hoje tem o nome dele, inclusive o Arquiteto do desenho, foi meu amigo Murilo, um super projetista, e o Gilmar o aperfeiçou, e ficou melhor ainda.
    Abraços,
    Mandhi.

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