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domingo, 28 de agosto de 2011

Coluna do Ruyzinho - 27 de agosto de 2011 - jornal "A CIDADE"

Caso você não queira ler na reprodução do jornal, segue abaixo o texto original.


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Capacitação do Professor: principal investimento na área da educação.
               
Acabei de saber que a prefeitura de Sabino analisa a possibilidade de adotar lousas digitais nas salas de aula da escola municipal de ensino fundamental.





Achei a idéia excelente.





Em plena era da informática, onde os alunos, nas suas casas, têm contato com computadores, vídeos-game e aparelhos de DVD que lhes mostram o mundo em realidade virtual muito próxima da verdade, não pode a professora explicar aos seus alunos sobre o corpo humano, o relevo brasileiro, um gráfico matemático, ou qualquer outro assunto, fazendo garranchos numa lousa de cimento verde com um giz, como ocorre desde há 200 anos.





Acredito na educação como sendo a salvação para praticamente todos os males.





Com a melhora da educação de um município se melhora a saúde de sua população, diminui a violência local, aumenta sua produção na indústria, agricultura e pecuária, surgem mais empregos, os salários tornam-se mais altos, o comércio vende mais, aumentam as atividades de lazer e cultura.







 Desta forma eu parabenizo qualquer iniciativa, da prefeitura, do governo estadual e do governo federal, que incremente a educação de uma localidade.


Entretanto, faço questão de fazer uma observação importante: de nada vale recurso tecnológico qualquer se os professores que forem trabalhar com estes não estiverem devidamente capacitados para isso.

Já vi programas maravilhosos elaborados pelos diferentes governos que não foram bem sucedidos devido ao despreparo dos professores ou educadores que os gerenciaram.

No governo Fernando Henrique foi criado um programa em que seriam distribuídos livros clássicos da literatura para as crianças levarem para suas casas. Era uma maneira de se expandir o gosto pela leitura para toda a família.



Os livros eram para os alunos e seriam doados a eles.


Muitos diretores de escola não distribuíram estes livros aos alunos. Alegaram que os alunos destruiriam os livros, e que na escola eles seriam preservados; que os alunos poderiam lê-los nas salas de aula ou nas bibliotecas.


Estes diretores pensavam agir da maneira mais correta possível, mas acabaram impedindo que as famílias tivessem acesso a estes livros, o que era o objetivo principal do programa.




Há muito tempo reparo no despreparo dos professores para lidarem com os alunos do século XXI.
                            

Os mestres esperam que seus alunos fiquem durante 5 horas diárias com suas nádegas nas cadeiras, em silêncio, prestando atenção em uma aula chatíssima, em que o professor fala sem parar, como se fosse o dono do saber e como se o aluno não soubesse nada.

Depois reclamam que a juventude de hoje não respeita os professores, quando estes se desinteressam por suas aulas. Que em seus tempos não era assim.

 Esquecem que os alunos de hoje em dia são bem diferentes que os de há 15, 20, 30 anos.
                            
Esquecem que seus alunos vivem numa era em que têm acesso às informações em tempo real e que em muitos assuntos estão melhores informados que o próprio professor – o que não é absurdo.
                             
Para prender a atenção do aluno e para que este tenha um bom aprendizado, uma evolução em seu conhecimento, é necessário que a aula do professor seja tão interessante quanto o dia-a-dia de seus alunos.
                              
O professor deve buscar assuntos que sejam do interesse de seus alunos; trazer soluções para os problemas que lhes afligem; ensinar para a realidade em que vivem seus alunos; usar a linguagem dos alunos e tornar a aula tão dinâmica e interessante quanto o vídeo-game  e a TV.
                              
Mas, isso não se consegue com mágica.
                               
Um professor se torna “bom professor” com muito estudo. Estudo pessoal, particular, que busca por conta própria. Mas, também com capacitações e treinamentos elaborados pela direção pedagógica de sua unidade escolar.
                              
O plano de carreira do professor também deve contemplar um tempo em sua jornada semanal de trabalho em que ele receberá apenas para poder se aperfeiçoar.
                               
De cada vinte horas de trabalho, o ideal é que o professor tenha 5 horas – remuneradas – para preparar suas aulas.
                                
Por isso, faço um apelo aos prefeitos da região. Continuem a investir em equipamentos para a educação – computadores, livros, lousas digitais, materiais pedagógicos, etc. - mas priorizem os investimentos na formação e no salário do professor, pois, com um professor ruim, nunca haverá aluno bom, e não há computador que dê jeito nisso.

                              

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