Segundo a definiçao da Wikipédia, uma epidemia se caracteriza pela incidência, em curto período de tempo, de grande número de casos de uma doença.
Como entendo ser a dependência de drogas uma doença, afirmo: A população assiste quieta enquanto uma epidemia destrói Sabino.
As drogas tornaram-se uma epidemia que está acabando com a vida dos jovens, afastando-os dos estudos, do esporte, do trabalho e de suas famílias.
Mas, estão prejudicando também a economia da cidade, já que muitos dependentes deixam de gastar seus dinheiros no comércio local, para os gastarem na compra da maconha, da cocaína e do crack. A economia está sendo prejudicada também porque muitos usuários deixam de trabalhar, e consequentemente, deixam de receberem salários e, com isso, é menos dinheiro circulando no município.
Em breve, com o aumento progressivo do número de usuários, aumentarão os casos de furtos, roubos, agressões. Aumentará a violência e insegurança.
A desestruturação social e econômica das famílias fará com que a prefeitura gaste mais verba com a assistência social, e depois com o serviço de saúde, com o tratamento dos dependentes, tanto para curá-los do vício como das doenças que venham adquirir.
São diversas as consequências malignas que essa epidemia nos traz.
Lamentei no ano passado um jovem sabinense adoecer e morrer devido à ação do crack. E isso em pouquíssimo tempo.
Há cerca de um mês a polícia cívil de Sabino prendeu um indivíduo em flagrante, sob a acusação de tráfico de drogas. Com ele, apreendeu um caderno em que, segundo o Delegado Orildo Nogueira, consta a relação de usuários que, do acusado, compravam maconha, cocaína e crack. Esta informação está no Jornal "A Cidade" , de Promissão.
Se a relação de nomes que consta no caderno apreendido realmente se referir a usuários de drogas, então a epidemia que mencionei no início deste artigo é bem pior do que eu imaginava.
Na próxima quinta-feira, junto com seis senhoras sabinenses, termino um curso da pastoral das drogas. da igreja católica. O curso teve como objetico nos preparar para que possamos ajudar aqueles dependentes que queiram se recuperar de seus vícios - dependência de drogas.
Não sou católico. Participo do grupo pois, até agora, foram as únicas pessoas que resolveram fazer alguma coisa que ajudasse a resolver esse problema aqui em Sabino.
Também me inscrevi para fazer uso da "tribuna livre" na câmara municipal e discutir publicamente essa questão, que é maléfica a todo o povo sabiense. Aguardo o deferimento de minha inscrição pelo senhor presidente da câmara, e se for deferida, convidarei os leitores para que assistam a sessão neste dia.