Todos os sábados o jornal "A CIDADE", de Promissão, publica uma coluna deste blogueiro.
Veja aqui a deste sábado, 13 de agosto de 2011.
Drogas – Vamos deixá-las destruir nossa cidade?
O problema das drogas não é local, ele afeta o Brasil todo.
Muita gente, inclusive este colunista, entende que o país está sendo atingido por uma epidemia.
Segundo a definição da Wikipédia, uma epidemia se caracteriza pela incidência, em curto período de tempo, de grande número de casos de uma doença.
Vejo o dependente químico como doente, ao contrário do traficante.
O dependente de drogas não tem condição de entender muito de seus atos, e assim, tudo que faz é em função de manter seu vício, e para isso, faz tudo que pode.
Entrega seu salário para o traficante, quando ainda trabalha, furta, rouba, engana, vira-se de costas para amigos e família, que é quem mais sofre.
A família acaba sendo desagregada quando um de seus membros cai no vício. A casa transforma-se num ambiente de brigas, discussões, sofrimento, tristeza.
O problema das drogas é difícil de ser resolvido, mas não impossível.
Numa cidade pequena como Sabino sua solução é até mais fácil, já que todos se conhecem e sabem onde fica cada canto da cidade.
O problema tem de ser resolvido por partes:
Mais fácil que retirar alguém do vício das drogas é impedir que este entre nele.
Para isso precisamos entreter os jovens com atividades diversas que lhes dêem prazer e ocupação: atividades esportivas e artísticas são fundamentais, mas também, a educação para o trabalho, com cursos de informática principalmente – já que hoje o mundo é digital –não pode faltar.
As escolas devem rever sua forma de ensinar, para atrair os jovens para o estudo e os sistemas de saúde devem cada vez mais, junto com estas, promoverem campanhas que alertem a população sobre os riscos de se usar drogas.
A prefeitura deve manter a cidade bem iluminada, sem pontos escuros e sem terrenos baldios que se transformam em esconderijos ideais para o consumo de crack e outras drogas.
A instalação de câmeras em alguns pontos da cidade seria o suficiente para inibir o uso e a venda das drogas.
II – Repressão ao tráfico:
A polícia tem de agir com rigor para combater o tráfico.
Numa cidade pequena, como Sabino, não há como se dizer que a polícia não sabe quem é o traficante que vende as drogas para os nossos jovens.
A polícia militar tem que mostrar presença nas ruas, nas praças, nos eventos públicos.
A simples presença da polícia militar, que é a responsável pelo policiamento ostensivo, inibe a venda e a compra das drogas. A polícia militar não pode ficar escondida, ela tem de aparecer.
III – Tratamento:
É preciso dar tratamento adequado para aqueles que querem se libertar do vício, e até mesmo para os que ainda não tem essa consciência.
O município de Sabino, e os demais da região que enfrentam o mesmo problema, precisam firmar convênios com clínicas, que tenham psiquiatras, psicólogos, assistente social, e atividades diferenciadas que possibilitem a recuperação do dependente encaminhado para internação.
Sabino carece de vagas para a internação daqueles que precisam se curar do vício das drogas e creio que os demais municípios da região passam pelo mesmo problema.
Na próxima terça-feira, dia 16 de agosto, usarei a tribuna livre da Câmara Municipal de Sabino para fazer um alerta ás autoridades e á população do perigo que corre nosso município, que tem sido desestabilizado social e economicamente pelas drogas.
Convido você leitor para que vá a Câmara Municipal de Sabino ouvir o que tenho para falar.
A solução para o problema das drogas não é só de responsabilidade das autoridades é de toda a população.