Não tenho muito simpatia pelo Padre Marcos e, pelo que sei, a recíproca é verdadeira.
Entretanto não deixarei de registrar algo que ele fez de positivo, e que me causou admiração, por causa dessa antipatia mútua.
Na "missa" de corpo presente, de nosso amigo em comum, Rubinho Rípoli, o Marcos falou tudo o que eu pensava que deveria ser falado e de uma forma muito sincera e carinhosa. Fez uma linda e justa homenagem de despedida para o Binho (eu o chamava assim).
Na "missa" de corpo presente, de nosso amigo em comum, Rubinho Rípoli, o Marcos falou tudo o que eu pensava que deveria ser falado e de uma forma muito sincera e carinhosa. Fez uma linda e justa homenagem de despedida para o Binho (eu o chamava assim).
Poucas horas antes, ainda no velório municipal, logos após a realização do terço, eu havia usado a palavra e citado as mesmas qualidades do Binho, que o Marcos viria a relacionar na igreja: bom pai, homem de família, crítico, ranzinza, sincero, educado, etc.
No Brasil, não se tem a tradição de, na despedida da pessoa falecida, serem citadas suas qualidades e serem narradas alguns fatos que honorificam sua passagem pela Terra.
Nos Estados Unidos isso é muito comum.
Lá não existe velório como aqui no Brasil.
Existe uma cerimônia de despedida, com o corpo presente, em que um religioso (padre, pastor, rabino) faz as orações e uma pessoa da família, ou, um amigo do falecido usa da palavra para falar coisas boas daquele que está partindo.
O Marcos, na cerimônia desta manhã, desempenhou o papel de religioso e de amigo, e suas palavras de fé e de testemunho de uma vida que se encerra, tornou uma cerimônia que costuma ser muito chata e protocolar em algo muito útil e agradável para todos os espíritos/almas que ali se reuniram.
Espero que o que foi feito pelo Pe. Marcos ( e por mim, no velório) se torne uma tradição, independente de religião ou local em que seja feita. Mas, quem morre merece uma homenagem derradeira. Afinal, viver é bom, mas é bem difícil.
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